Texto escrito com base no capítulo 2.1 do livro de Boris Fausto "História do Brasil" (Pág.34)
Quando os europeus chegaram à terra que viria a ser o Brasil, encontraram uma população ameríndia bastante homogênea em termos culturais e lingüísticos, distribuída ao longo da costa e na bacia dos rios Paraná-Paraguai.
Podemos distinguir dois grandes blocos que subdividem essa população: Os tupis-guaranis e os tapuias. Os tupis-guaranis estendiam-se por quase toda a costa brasileira, desde pelo menos o Ceará até a Lagoa dos Patos no extremo sul. Os tupis também denominados tupinambás dominavam a faixa litorânea, do Norte até o Sul do estado de São Paulo (Em Cananéia); os guaranis localizavam-se na bacia do Paraná-Paraguai e no trecho do litoral entre Cananéia e no extremo sul do Brasil. Apesar dessa localização geográfica dispersa dos tupis e dos guaranis, falamos em grupo tupi-guarani, dada a semelhança de cultura e de língua.
Em alguns pontos do litoral, a presença tupi-guarani era interrompida por outros grupos como os goytacazes na foz do Rio Paraíba, pelos aimorés no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo, pelos tremembés na faixa entre o Ceará e o Maranhão.
Essas populações eram chamadas tapuias, uma palavra genérica usada pelos tupi-guaranis para designar os índios que falavam outra língua. Os portugueses identificaram de forma impressionista muitas “nações” indígenas como os carijós, tupiniquins, tamoios, etc.
É difícil analisar a sociedade e os costumes indígenas, por que se lida com povos de culturas muito diferentes da nossa e sobre a qual existiram e ainda existem fortes preconceitos. Isso se reflete em maior ou menor grau nos relatos escritos por cronistas, viajantes e padres, especialmente jesuítas. Existe nesses relatos uma diferenciação entre índios com qualidades positivas e índios com qualidades negativas de acordo com o grau de resistência aos portugueses.
Podemos distinguir dois grandes blocos que subdividem essa população: Os tupis-guaranis e os tapuias. Os tupis-guaranis estendiam-se por quase toda a costa brasileira, desde pelo menos o Ceará até a Lagoa dos Patos no extremo sul. Os tupis também denominados tupinambás dominavam a faixa litorânea, do Norte até o Sul do estado de São Paulo (Em Cananéia); os guaranis localizavam-se na bacia do Paraná-Paraguai e no trecho do litoral entre Cananéia e no extremo sul do Brasil. Apesar dessa localização geográfica dispersa dos tupis e dos guaranis, falamos em grupo tupi-guarani, dada a semelhança de cultura e de língua.
Em alguns pontos do litoral, a presença tupi-guarani era interrompida por outros grupos como os goytacazes na foz do Rio Paraíba, pelos aimorés no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo, pelos tremembés na faixa entre o Ceará e o Maranhão.
Essas populações eram chamadas tapuias, uma palavra genérica usada pelos tupi-guaranis para designar os índios que falavam outra língua. Os portugueses identificaram de forma impressionista muitas “nações” indígenas como os carijós, tupiniquins, tamoios, etc.
É difícil analisar a sociedade e os costumes indígenas, por que se lida com povos de culturas muito diferentes da nossa e sobre a qual existiram e ainda existem fortes preconceitos. Isso se reflete em maior ou menor grau nos relatos escritos por cronistas, viajantes e padres, especialmente jesuítas. Existe nesses relatos uma diferenciação entre índios com qualidades positivas e índios com qualidades negativas de acordo com o grau de resistência aos portugueses.
Os grupos tupis praticavam a caça, a pesca, a coleta de frutas e a agricultura, mas, seria engano pensar que estivessem intuitivamente preocupados em preservar ou restabelecer o equilíbrio ecológico das áreas por eles ocupadas. Quando ocorria uma relativa exaustão de alimentos nessas áreas, migraram temporária ou definitivamente para outras. É óbvio, no entanto, que estavam longe de produzir os efeitos devastadores característicos das atividades dos brancos nos dias de hoje.
A economia era basicamente de subsistência havendo poucas trocas de gêneros alimentícios com outras aldeias. Existiam, porém, contato entre elas para a troca de mulheres, bens de luxo e pedras para se fazer botoque.
Dos contatos resultavam as alianças para o caso de guerra. A guerra e a captura de inimigos (mortos em meio a uma ritual de canibalismo) eram elementos integrantes da sociedade tupi.
A chegada dos portugueses ao Brasil representou uma verdadeira catástrofe para as populações indígenas. Muitos portugueses (principalmente os padres) eram confundidos com grandes pajés. Os brancos eram ao mesmo tempo respeitados, temidos e muitas vezes odiados, porém vistos como homens dotados de poderes especiais.
Por outro lado, como não existia uma única nação indígena, mas, sim grupos dispersos (muitas vezes inimigos) foi possível aos portugueses encontrar aliados entre os próprios indígenas. Os índios que foram submetidos aos portugueses sofreram com a violência cultural, epidemias e morte.Uma forma comum de resistência dos índios consistiu no isolamento, alcançado através de contínuos deslocamentos. Esse recurso permitiu, mesmo que de forma limitada, a preservação de uma herança biológica, social e cultural. Mas no conjunto, a palavra “catástrofe” á a mais adequada para designar o destino da população ameríndia.
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